sábado, 25 de outubro de 2008

Soneto à Marília

Não me encanta mais nada neste mundo,
Não mais me interessa o admirar;
Desde o dia que enxerguei o teu olhar,
Todo outro me parece um pouco imundo.

Retrocedo, desde o teu verde mais profundo;
Não há resposta que se possa encontrar,
Nem me importa tanto outro, se eu achar,
Pois o meu não seria mais jucundo.

Não estou triste, por mais que possa parecer,
Só não vejo algo que poderia ser mais forte.
Nem mesmo o dia que teme em alvorecer,
Poderá me trazer, de novo, a imensa sorte.
A sublime graça que tive ao te ver,
Não há quem arranque, nem sequer a morte.