quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Soneto à Espera

Muito havia antes do fim,
Antes de chegar à curva final.
Sangue teu jorrado em mim;
Rubra-flor, vermelho carnal.

Fúlgido fio por demais cortante,
Dilacera a alma, flor de jasmim.
Urro meu morreria diante
Da beleza sagrada de um querubim.

Fino rosto, corado e pujante,
Capaz de me dar tamanha coragem,
Deixaste apenas a lembrança pulsante
Velada em segredo em tua doce imagem.
Guardei a ti, memória errante,
Para que voltes em eterna ancoragem.

4 comentários:

V.M. disse...

que liiiiiiiiiiiiiiindo! MUITO lindo! morri! +_+

Unknown disse...

Foi o primeiro poema feito pra mim...
Tô tão emocionada...
Mas essa história realmente merecia ser eternizada. Lindo, muito perfeito!

Mulheres que são de vênus disse...

.forte.


.por.demais.


Fred, beijo, na testa.

Amanda Moraes disse...

tem tudo que uma poesia, pra ser boa, tem que ter.