terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Soneto Navegante

Tu és minha alma;
Meu corpo, teu criado.
A mente suplica calma
A um coração apressado.

O desejo é refinado
Mas meu grito é dissonante.
Não quero ficar parado,
Nem posso ir adiante.

Nestas águas, sou errante
Sem porto para atracar.
Cante suave, voz afagante;
Guia-me através deste mar.
Sei que nada é tão distante
Para quem só quer amar.

6 comentários:

clementine. disse...

aprendiz de shakespeare, admiro-te por pensar e saber passar o que sentes numa clareza incrível!

Má Borelli disse...

agoniante querer amar e não poder, não é? expressou bem, como sempre! :*

Unknown disse...

Quase posso te ouvi falar... tudo tão vivo e tão real!!!
Amei como sempre amo o que você escreve!

Ivany Vilarim disse...

Gosto muito dos seus textos... muito!

Braid disse...

Eu não sabia que tu escreves, Fred. Muito menos que escreve bem. ;-]

Mulheres que são de vênus disse...

e eu fico pensando se fred e eu sofremos da síndrome da "alma gêmea" - se é que existe isso ou eu acabei de inventar - porque não é possível que há anos fiz um texto semelhante a este e tá no meu caderninho guardadinho.
que coisa linda, fred. isso "Sei que nada é tão distante para quem só quer amar."...

embora saiba que a verdade é que na poesia dos amantes nada é realmente impossível e que na vida real as coisas mudam um tantim de figura... eu só tenho a admirar fred.


e deixa eu fazer um pê esse lá embaixo pra te contar um segredo.


p.s.: eu reli todos os teus textos do fotolog [sim, aquele que você costumava ter ] e fiquei encantada pela terceira - querta - quinta vez [sei lá ].


bjocas, amores.