sábado, 13 de dezembro de 2008

"Minha Pretinha"

Por mais que pudesse e por mais que quisesse, Sérgio nunca conseguiu negar sua paixão por, como ele mesmo diz, sua "jovem pretinha". Ele tinha 27 anos e já era um homem mais do que formado. Bem sucedido na profissão, bem amado na cama. Teve muitas namoradas, mas só um amor. Ela. A sua jovem pretinha.

Quando digo jovem, realmente não estou brincando. Era simplesmente 15 anos mais nova que ele.

Todo dia ele dava um jeito de se encontrar com ela. De passar os lábios naquela boca. De se perder naquela boca. Para ele não importava hora ou local. Se era de dia ou à noite. Se fosse preciso ele pagava pra saciar o seu prazer. E ela só tinha 12 anos.

Mas algo o consumia por dentro e por fora. Ele sabia que não poderia continuar aquela união, e isso o deixava doente. Mas quando ele se deixava ir pelo desejo, doente também ficava.

Parentes e amigos não sabiam o que falar, não sabiam o que fazer. Não sabiam se seria pior pra ele essa relação ou não tê-la mais. De toda forma seu coração estava se partindo.

Ela era seu vício e sua virtude. Seu remédio e seu veneno. Ele estava morrendo por ela e ela morria por ele.

Apesar de jovem, ela tinha um temperamento forte e um cheiro gostoso que o deixava embriagado de prazer. Mesmo ela estando acabada depois de cada encontro, aparecia inteira de si, ao contrário dele. Ela é forte, apesar da pouca idade.

Ontem tiveram novo encontro a sós. Ele voltou para casa e a largou no meio da rua completamente vazia por dentro. Era assim a relação entre Sérgio e sua jovem pretinha. Era esse o fim de mais uma garrafa de Black Label.

3 comentários:

Má Borelli disse...

Conseguiu me enganar direitinho. =]

clementine. disse...

nooosssa... no início eu pensei: que grande pedófilo, filho da puta!
mas é a pretinha... whisky johnnie walker black label 12 anos! very good! ;]

Amanda Moraes disse...

uma Lolita moderníssima!
genial, fred.